Para lembrar dos que fazem falta…
Qualquer idade é boa para aprender. Muito do que sei aprendi-o já na idade madura e hoje, com 86 anos, continuo a aprender com o mesmo apetite.
José Saramago
Para lembrar dos que fazem falta…
Qualquer idade é boa para aprender. Muito do que sei aprendi-o já na idade madura e hoje, com 86 anos, continuo a aprender com o mesmo apetite.
José Saramago
Se de manhã pudermos aprender o que é correcto, devemos sentir-nos contentes se morrermos à tarde
Máximas dos Anacletos, IV. Textos Confuccionistas. de Citador.pt
Deixo vocês com uma frase de Epicteto.
É impossível um homem aprender aquilo que ele acha que sabe.
Ás vezes é preciso desaprender para aprender.
Sds,
DC
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz…
Trecho de Eterno Aprendiz de Gonzaguinha.
O título deste post, ligeiramente diferente da música de gonzaguinha, é para provocar o leitor a pensar sobre o que ele aprende com a vida.
Este breve espaço de tempo entre a inspiração e a expiração, que com infinitas possibilidades, é a maior professora que existe. Ela nos faz aprender a cada segundo. Uma das poucas certezas que temos é que aprendemos com a vida.
Os momentos mais difícieis são os mais adequados para aprender muito. Talvez a pergunta feita “Por que isso aconteceu comigo?” tem como uma possível resposta “Para você aprender”.
Reflita sobre todas as coisas que estão disponíveis para seu aprendizado. Você vai ver que é muito mais do que imagina.
Deixo vocês com um poema de Bertold Brecht, publicado em “‘Lendas, Parábolas, Crónicas, Sátiras e outros Poemas” e traduzido por Paulo Quintela.
Louvor do Aprender
Aprende o mais simples! Pra aqueles
Cujo tempo chegou
Nunca é tarde de mais!
Aprende o abc, não chega, mas
Aprende-o! E não te enfades!
Começa! Tens de saber tudo!
Tens de tomar a chefia!
Aprende, homem do asilo!
Aprende, homem na prisão!
Aprende, mulher na cozinha!
Aprende, sexagenária!
Tens de tomar a chefia!
Frequenta a escola, homem sem casa!
Arranja saber, homem com frio!
Faminto, pega no livro: é uma arma.
Tens de tomar a chefia.
Não te acanhes de perguntar, companheiro!
Não deixes que te metam patranhas na cabeça:
Vê c’os teus próprios olhos!
O que tu mesmo não sabes
Não o sabes.
Verifica a conta:
És tu que a pagas.
Põe o dedo em cada parcela,
Pergunta: Como aparece isto aqui?
Tens de tomar a chefia.
Um grande abraço,
DC
Acabo de ler uma notícia sobre o que se pode aprender com lobos a respeito de liderança.
matéria:lobos-sao-mestres-em-curso-de-lideranca
Muito interessante. Como uma onda, a pergunta chega à minha mente: Quantas coisas mais podemos aprender com a natureza?
Aliás, esquecemos que a natureza é a nossa fonte de constante aprendizado. A ciência aprende cada dia mais investigando a natureza. A nova fronteira nano, os limites e origem do universo. A atenção está voltada para tudo. A busca pela verdade, pelo conhecimento e domínio de tudo faz do homem um questionador incessante.
Ao abordarmos o assunto de observação da natureza, não podemos deixar de citar aqui Edgar Morin e sua coleção “O método”. A obra que retrata o cerne do pensamento do autor, compõe-se de cinco volumes, cada um deles retratando uma abordagem, mas que tanto no estilo, como em seu aspecto fundamental, desvelam a estrutura das questões da complexidade. Em um ir e vir constante, contraditório, convergente, coalescente, admirado e admirável, as palavras se sucedem na construção de um arcabouço que auxilia o entendimento da vida aqui e agora, a história e quem sabe, aponte caminhos para um futuro mais humanitário. Fonte: http://www4.uninove.br/grupec/BioObras.htm
A biônica, técnica sistemática de busca de soluções observando a natureza, tem seu início na época pós guerra (década de 40). A Biônica é, hoje em dia, matéria eminentemente interdisciplinar, utilizada principalmente na Engenharia Aero-espacial, na Medicina de próteses a transplantes, na Cibernética, na Arquitetura a no Projeto de Produto (neste caso, também conhecido como Biodesign).
Na verdade, o homem já utilizava instintivamente esta técnica desde os primórdios da sua evolução. Certos inventos como o Machado de Pedra, servindo de extensão do ante-braço com o punho cerrado, a Canoa Monóxila que nada mais é do que um tronco flutuante escavado para acomodar pessoas ou os abrigos construídos com galhos e folhas trançadas, mostram a incrível capacidade que o homem tem de problematizar a encontrar soluções baseadas nas sugestões oferecidas pelo seu meio ambiente natural. Fonte: Wikipedia
Aprender com a natureza, respeitá-la. Isso é sustentabilidade. Falamos de voltar às nossas origens e coexistir com o mundo. Repito: COEXISTIR. O homem e sua corrida egoísta pelo domínio de tudo, esqueceu-se disso. Hoje olhamos o mundo, a natureza, como simples “fornecedores”. Enquanto essa visão existir, não podemos olhar para um futuro sustentável.
Temos que entender que somos parte disso tudo, e não inquilinos e clientes.
” Retorne à Natureza! Ela irá […] explusar de seu coração [..] as ansiedades que o avassalam […] os rancores que separam você do homem ao qual você deve amar!” Barão d´Holbach, System os Nature (1770).
Deixo a pergunta no ar: ” Qual foi a última coisa que você aprendeu com a Natureza?”
Faça algo pelo mundo hoje: observe a natureza.
Abraços,
DC